Sujeito em terceiro plano: uma reflexão crítica acerca da articulação entre a dinâmica da terceirização e processos de subjetivação

Neste artigo procuramos promover uma reflexão crítica acerca da articulação entre a dinâmica da terceirização e processos de subjetivação. Para tal, apresentamos os resultados qualitativos de uma pesquisa que tinha como objetivo principal analisar o trabalho de sujeitos com vínculo contratual terceirizado em uma universidade pública brasileira. À luz das contribuições teórico-metodológicas da psicodinâmica do trabalho, os resultados, aqui apresentados sob a forma de feixes de análise, apontam a predominância de formas instituídas de trabalho que tendem a abafar a capacidade inventiva dos sujeitos, revelando a multifatorialidade do processo de instrumentalização do seu fazer, conduzindo-os a horizontes de sofrimento e não criação. Em paralelo, observou-se que os primeiros passos da solução construída por esses trabalhadores e trabalhadoras diante desse cenário adverso são fecundados no solo fértil das ações coletivas, representando formas de resistência para afirmação de sua dignidade e garantia de direitos. Artigo escrito por Sergio Dias e João Batista de Oliveira, publicado em 2018 no periódico Psicologia Organizações e Trabalho (Universidade de Brasília). Leia o texto na íntegra